O tempo do mundo e o nosso tempo
É um fato que os dias têm passado cada vez mais rápido, ou não? Será só a nossa percepção sobre o tempo que mudou conforme fomos ficando mais velhos? Será que é a habilidade adquirida de analisar e entender os processos que faz com que o tempo fique cada vez mais devagar quando precisamos que ele passe logo — ou será a nossa ansiedade de entregar “para ontem” o projeto que aceitamos fazer só para curtir a experiência da execução?
Seja lá o que for, é um fato que não estamos vivendo no mesmo tempo.
Tudo bem, eu sei que todos os nossos smartphones e computadores estão conectados ao relógio mundial, que lhe diz qual é a hora exata com base na sua posição geográfica. Mas não é disso que se trata. A questão aqui é: o mundo vive em um tempo, e nós vivemos em outro. De tempos em tempos, nos adequamos e nos encaixamos para fazer as coisas fluírem, mas nem sempre os nossos ponteiros estão sincronizados. E é aí que o mundo cobra… tal qual um patrão. E sim, desde que nascemos, nós “batemos cartão”, e, à medida que o tempo dá, o tempo toma.
“O mundo vive em um tempo, e nós vivemos em outro”.
Levou um tempo exato para traçar a trajetória necessária ao caminho que nos levaria à eternidade. Porque o nosso tempo não é o tempo do mundo. O nosso tempo é o tempo da vida e da atitude, da curiosidade e da realização; tempo de ser, de existir e de estar no mundo.
E o mundo? O mundo está aí, sempre esteve — há tanto tempo que já “era”.
E nós? Se piscarmos, já era! Mas temos a oportunidade de sermos lembrados por um breve período pela humanidade quando fazemos algo revolucionário. E, nesse caso, o tempo é aliado na construção de um legado que, para o mundo, não é nada, mas, para nós, tem o tempo de uma vida.
O sucesso está na constância do fazer. E, para quem também acha que nasceu no tempo errado, o “fazer” do tempo é vida. Em algum momento, os nossos ponteiros estarão sincronizados. Não adianta lutar contra o tempo: a única forma de vencê-lo é nós virando memória.
Mas até lá aproveite seu tempo…
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