A Nova Ordem da Dinastia Messiânica Ou…
Como transformar um país em um parque temático da vergonha nacional?
Pois é… meu povo, estamos retornando das cinzas após uma hecatombe de sensações.
Não é de hoje, ou melhor… já faz vários anos (que pareceram uma eternidade) que assistimos, de camarote (forçado e sem direito a pipoca), a uma verdadeira ópera bufa, onde as instituições viraram figurantes e o povo brasileiro, eterno protagonista sofredor, é obrigado a engolir cada ato desse roteiro mal escrito, com atores canastrões e desfechos de qualidade pra lá de duvidosa.
Sim, meus caros, estamos vivendo sob a “Nova Ordem da Dinastia Messiânica”, um regime em que o herói salvador é eleito com promessas bíblicas, mas governa com métodos mais parecidos com um reality show de quinta categoria. Uma era em que cada dia é um novo capítulo de: “Como destruir conquistas sociais em tempo recorde” e transformar o país em um laboratório de retrocessos com requintes de crueldade.
Porque, afinal, se o povo já não aguenta as mazelas do cotidiano — transporte precário, saúde na UTI, educação mendigando recursos —, por que não adicionar um temperinho extra de caos institucional? Nada como tripudiar sobre direitos conquistados à base de suor, sangue e, principalmente, resistência, para dar aquele toque especial de distopia.
O discurso é messiânico, mas a prática é medieval
O mais fascinante (ou deprimente, dependendo do humor do dia) é como essa dinastia consegue fazer parecer que está tudo sob controle, enquanto o “controle”, na verdade, é uma ilusão vendida em carnê de 12 vezes sem juros, e que o incauto paga com um sorriso amarelo no rosto. O discurso é messiânico, mas a prática é medieval, digna de Maquiavel, com direito a feudos, vassalos e uma corte de bajuladores prontos para transformar absurdos em virtude.
A fórmula é simples e velha como a história: um líder carismático com aura religiosa, cercado de fiéis dispostos a interpretar qualquer desastre como parte de um plano divino. A diferença é que agora a missa/culto, é transmitida ao vivo.
Enquanto isso, o povo segue na fila do ônibus, no corredor do hospital e na porta da escola vendo, ao longe, a corte da dinastia celebrar suas vitórias, não sobre problemas reais, mas sobre inimigos inventados. Afinal, nada une mais do que um bom inimigo comum, mesmo que ele exista apenas no discurso.
As melhorias conquistadas a duras penas, fruto de décadas de luta social, foram tratadas como excessos que precisavam ser corrigidos. É o eterno ciclo da política brasileira: constrói-se pouco, destrói-se rápido e vende-se a ruína como “nova ordem”.
No final, a “nova ordem” não é nova, nem ordem. É só mais uma velha receita: concentrar poder, desfazer o que estava funcionando e convencer a plateia de que tudo está melhorando, mesmo que o telhado esteja caindo e a casa esteja pegando fogo. Mas ei, pelo menos temos uma dinastia para chamar de nossa. (Rezemos).
O próximo capítulo? Se aguentarmos esse puro suco de chorume… talvez tenhamos.
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